A História da ATPIESP
Fundada em 23 de março de 1963, a ATPIESP – Associação Profissional dos Tradutores Públicos e Intérpretes Comerciais do Estado de São Paulo resultou do trabalho incansável de colegas pioneiros que sentiam a necessidade de agregar a classe sob uma bandeira comum.
Em setembro de 1962, o professor Alexandre Menahem Gottfried organizou um grupo de iniciativa e presidiu o Comitê de Orientação para consolidar a Associação. Ele foi eleito o primeiro Presidente da ATPIESP na Assembleia Constituinte de 23 de março de 1963.
A ATPIESP reúne hoje grande parte dos tradutores públicos do Estado de São Paulo em exercício e é a interlocutora oficial de seus interesses perante a JUCESP – Junta Comercial do Estado de São Paulo, órgãos pertinentes e o público em geral. Os tradutores que a ela se associam têm como objetivo o aprimoramento contínuo dos serviços oferecidos, promovendo encontros profissionais, trocas permanentes de ideias e a busca da valorização da profissão.
Gestões desde 1963
1963/1964 – Alexandre Menahem Gottfried
1964/1965 – Alexandre Menahem Gottfried
1965/1966 – Gustavo Otto Hans Lohnenfink
1966/1967 – Tullio Catunda
1967/1968 – Seitoku Zakimi
1968/1969 – Francisco Xavier Lacerda Neto
1969/1971 – José Sant’Anna do Carmo
1971/1973 – José Sant’Anna do Carmo
1973/1975 – Olga Prault de Menezes Doria
1975/1977 – Tullio Catunda
1977/1979 – Francisco Xavier Lacerda Neto
1979/1981 – Francisco Xavier Lacerda Neto
1981/1983 – Marius Vieira Gonçalves
1983/1985 – Ulrich Hermann Höschele
1985/1987 – Youssef Hassau Masri
1987/1989 – Waldtraut Ursula Edelgard Rose
1989/1991 – Waldtraut Ursula Edelgard Rose
1991/1993 – Waldtraut Ursula Edelgard Rose
* Presidentes em exercício
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1993/1995 – Waldtraut Ursula Edelgard Rose
1995/1997 – Waldtraut Ursula Edelgard Rose
1997/1999 – Waldtraut Ursula Edelgard Rose
1999/2001 – Francisco Gilberto Labate
2001/2003 – Francisco Gilberto Labate
2003/2005 – Adriana Tommasini
2005/2007 – Adriana Tommasini
2007/2009 – Adriana Tommasini
2009/2011 – Adriana Tommasini
2011/2013 – Adriana Tommasini
2013/2013 – Francis Henrik Aubert
2013/2013 – Sonia Regina Opice*
2014/2015 – Antonio Alberto Dias Castro*
2015/2017 – Antonio Alberto Dias Castro
2017/2019 – Antonio Alberto Dias Castro
2019/2021 – Antonio Alberto Dias Castro
2021/2023 – Ana Claudia Ferreira Pastore
2023/2025 – Ana Claudia Ferreira Pastore
Um relato…
Relato do Professor Alexandre Menahem Gottfried sobre a história da ATPIESP:
“Os tradutores, antigamente, viviam separados. Não havia diálogo, nem entrosamento. Durante 4 anos, nem uma só ação conjunta foi executada, à exceção de uma proposta para alteração da Tabela em janeiro de 1961 e para isso foi necessário redigir um abaixo-assinado e, individualmente, colher assinaturas. A Tabela em vigor datava de 1957 e seu valor mínimo era 15 cruzeiros-velhos. Foi alterada para 3 cruzeiros. Nesse mesmo mês de janeiro, fora aberta inscrição para admissão de novos tradutores. Eu, que me informara a respeito da profissão com o colega Bauman, concorri e, nas provas de junho de 1961 classifiquei-me em 4 idiomas. Mas, nossa nomeação só ocorreu em 3 de junho de 1962, porque os assessores do governador do estado, pensando que o cargo fosse remunerado, enviaram nossos nomes ao DASP. O Governador Carvalho Pinto não homologou a posse – estávamos em período de contenção de despesas. Mas, em uma das suas breves ausências, fê-lo um seu substituto.
Pois bem, no dia da posse, 2 de julho de 1962, conversei com os demais companheiros e lancei a idéia de uma congregação que nos unisse. A seguir mantendo contactos telefônicos, consegui marcar uma reunião para setembro do mesmo ano, no Instituto de Cultura Japonesa, graças ao Prof. Santana. De onze a treze pessoas compareceram. Formamos, então, o chamando Grupo de Iniciativa; constituímos o primeiro fundo caixa, cada um contribuindo com 5 cruzeiros-velhos. Foi formado o comitê de Organização da Assembléia, para preparar os Estatutos, fazer contactos e, foi criada a sigla ATPIESP.
A ideia de fundar uma entidade de classe foi fruto de experiências anteriores. Eu possuía bastante prática por haver trabalhado com sindicatos na Europa. Assim, entregaram-me a presidência do comitê, composto por: José Santana do Carmo, vice-presidente; Gustavo O. Lohnefink, secretário geral; Edel Helga Ehlers, 1ª secretária; Yolanda Racquer, 2ª secretária; Mário Pestana Moreira, 1º Tesoureiro; Fernando Galvez, 2º Tesoureiro; e os colegas Francisco Lacerda, Tuyoci Ohara, Alvaro Klein e Jorge Paios, Assistentes Jurídicos. Saímos em campo e, devo dizer que foi uma luta árdua. Houve muitas recusas. Encontramos a classe refratária à união e de difícil entrosamento. Contudo, conseguimos arrebanhar a metade dos Tradutores Públicos de São Paulo. O primeiro êxito após 4 anos: os colegas começavam a conviver.
No dia 23 de março do ano de 1963, no salão da antiga Fundação Cásper Libero, realizou-se a Assembléia Constituinte e a primeira Diretoria foi eleita por aclamação, com o Túlio Catunda como seu representante na Baixada Santista. Na época a gestão era de apenas um ano. A partir de 1969 ela passou a ser de 2 anos. Fizemos muita propaganda. Fomos entrevistados pela revista Fatos e Fotos, pelo jornal “A Gazeta” e por um dos periódicos dos Diários Associados. Houve um bom trabalho de equipe e inúmeros colegas juntaram-se a nós. Todos recebiam a carteirinha de sócio-fundador. Mantivemos também um relacionamento bom com a Junta Comercial através de seu Diretor, Prof. Arnaldo Martins, e do Chefe de Fiscalização, Ataliba de Souza Pinto. Solicitamos o reajuste da nossa Tabela em maio de 1963, para um mínimo de 75 cruzeiros. Esse reajuste foi-nos concedido em setembro de 1964, quando de minha segunda gestão. Sim, porque nas eleições de março de 1964 fui reeleito presidente, e comigo estavam os colegas Túlio Catunda, Paulo Leopoldo Guerra, Clotilde Izabel Vranjec, Esther de Almeida Santana, e antigos diretores que faziam parte do Conselho Fiscal.
A 27 de março de 65 foi eleita a terceira Diretoria. Uma das vitórias da entidade foi o seu reconhecimento – graças ao trabalho do Lohnefink – pelo IAPC [Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Comerciários] que até então se recusara a receber nossas contribuições. A luta pela modificação da legislação referente ao ofício de Tradutor Público que é arcaica e obsoleta foi uma das lutas que ainda continua válida. Na oportunidade, a pedido da co-irmã ATPIERJ e do Ministério da Indústria e Comércio, durante seis meses em reuniões quase que semanais, elaboramos modificações que encaminhamos, com os devidos esclarecimentos. Não houve a menor resposta. Uma segunda tentativa foi feita de 1969 a 1971, na gestão de Santana, também sem êxito.
Essa é uma das coisas que não podem, nem devem ser abandonadas. E necessário conclamar companheiros dos outros Estados e pleitear a reforma da legislação vigente.“