No dia 14 de agosto de 2018, nosso presidente Antonio Alberto Dias Castro esteve presente na inauguração do Laboratório de Tradução Prof. Francis Henrik Aubert, do Centro Interdepartamental de Tradução e Terminologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (CITRAT/FFLCH/USP).
Nosso querido colega Francis, Tradutor Público e Intérprete Comercial dos idiomas inglês e norueguês e membro da ATPIESP há mais de 20 anos, foi homenageado por toda sua trajetória na Faculdade e na área de tradução.
Agora professor aposentado do Departamento de Letras Modernas, Francis fundou o CITRAT em 1992, foi vice-diretor e diretor da FFLCH, respectivamente de 1994 a 1998 e de 1998 a 2002, também foi o idealizador do projeto para criação do Laboratório de Tradução e dedicou sua carreira acadêmica à tradução. Suas áreas de pesquisa foram sobre tradutologia, práticas profissionais da tradução, terminologia e linguística contrastiva.
A abertura da cerimônia e as homenagens ao professor Francis foram realizadas na sala 266, no Edifício Prof. Antonio Candido. Na ocasião, a diretora da FFLCH, Maria Arminda do Nascimento Arruda, destacou a importância do homenageado não só para sua área de atuação, mas também para toda a Unidade:
“O professor Francis é uma pessoa que a Faculdade sempre reconheceu [sua relevância] como docente e diretor, que ficou marcado na história, e é muito bom ele ser homenageado, lembrado, pois este é um momento em que a Faculdade se reconhece também.”
Lenita Maria Rimoli Esteves, chefe do Departamento de Letras Modernas (DLM), ao qual o Laboratório será vinculado, disse que o professor Francis sempre será referência para a área de tradução. E Álvaro Silveira Faleiros, vice-diretor do CITRAT, ressaltou:
“Reconhecemos todo o trabalho do professor Francis dando visibilidade, criando espaço para que a tradução seja ativa como é hoje. Por isso, andar pelos corredores e ver seu nome na porta do nosso Laboratório será sempre uma alegria.”
Homenagens
Professores do DLM da área de tradução falaram um pouco mais sobre a trajetória de Francis. João Azenha Junior destacou que a amizade entre eles completa 41 anos em 2018 e que o maior tributo que pode prestar ao homenageado é a sua carreira. “A trajetória do professor Francis se confunde com a história da tradução na Faculdade. Por causa dele, a tradução juramentada foi reconhecida como uma função social, por exemplo”, lembrou Azenha.
John Milton disse que a história da maioria dos professores presentes está relacionada à trajetória de Francis e contou um pouco sobre os estudos de pós-graduação na área de tradução dentro da FFLCH. A coordenadora do Laboratório de Tradução, Heloísa Pezza Cintrão, fez questão de salientar as contribuições do docente na área, como o projeto de inserção da Tradução na graduação e dos Estudos da Tradução na pós-graduação, o que resultou na contratação de novos docentes para atuar na área, até a iniciativa do projeto de criação deste Laboratório de Tradução.
Em sua fala, o professor Francis disse que só conseguiu realizar muitas iniciativas na área porque contou com a colaboração de muita gente. “Que bom que foi, que é e que será fazer todas as coisas com todos vocês”.
Laboratório de Tradução
Em seguida, foi feito o descerramento da placa que nomeia o Laboratório, que funcionará na sala 168, no Edifício Prof. Antonio Candido, vinculado ao DLM e atuando em apoio às atividades do CITRAT e das pesquisas da área de tradução em geral. O local possui 30 computadores para uso dos pesquisadores da área.
“No trabalho do tradutor de hoje é fundamental o suporte tecnológico, a começar pelo imprescindível editor de texto, passando pelos diversos softwares de memória de tradução, que auxiliam e dinamizam o trabalho, principalmente quando se trata de tradução técnica. A etapa de pesquisa no ato tradutório, que antes do advento da internet era limitada às bibliotecas e ao acervo pessoal do tradutor, hoje é ilimitado através de pesquisas em sites e diversos outros recursos disponíveis em rede”, explica a professora Ângela Maria Tenório Zucchi, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução – que passará a integrar, junto com mais três programas, o Programa de Letras Estrangeiras e Tradução (LETRA).
Segundo Ângela, este Laboratório é o lugar onde os professores podem levar os alunos à prática assistida e desenvolver e usufruir pesquisas em andamento, como as do projeto COMET, que é interdisciplinar e reúne ferramentas computacionais relativas a corpora linguísticos; e, além disso, é o espaço para ministrar cursos com professores especializados em ferramentas de tradução utilizadas no mundo todo.
Fonte: https://www.fflch.usp.br/844